sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Tango eletrônico - Gotan Project



O Gotan Project é um grupo musical formado em Paris, constituído pelos músicos: Philippe Cohen Solal (Frances), Eduardo Makaroff (Argentino) e Cristoph H. Müler (suiço). 

O grupo juntou-se em 1999. O primeiro single a ser lançado foi Vuelvo Al Sur/El Capitalismo Foraneo em 2000, seguido do álbum La revancha del Tango em 2001. A sua música insere-se no estilo do Tango, mas com elementos eletrônicos que dão ao seu estilo uma nova forma de fazer tango: o tango eletrônico.

O nome deste trio vem da inversão das sílabas da palavra tango, seguindo o costume do lunfardo, a gíria argentina, de pronunciar as palavras "al revés", ou seja, de trás para a frente.

No Brasil, o sucesso veio mesmo com o single Época, tema de Bárbara, na novela Da Cor do Pecado, que foi exibida em 2004 pela Rede Globo.





TANGO ELETRONICO

O Tango encontra ares de renovação na Música Eletrônica

Nascido em Buenos Aires no fim do século 19, o Tango encontrou na Música Eletrônica ares de renovação que geram tanto temor quanto entusiasmo. Entre os precursores do "Tango Eletrônico", estão o Gotan Project e o Bajofondo Tango Club. O movimento se completa com grupos como Narcotango, Otros Aires, Ultratango, Tango Crash, San Telmo Lounge, Yira, Tanghetto y Malevo Sound Project, que vêm trazendo novas informações ao tango, cuja última renovação musical tinha se dado com Astor Piazzolla na década de 70.

De fato, enquanto alguns discutem se Piazzolla "é ou não tango", os criadores do TecnoTango vêem nele uma espécie de patrono que, se estivesse vivo, usaria computadores para fazer música. O Tango Eletrônico surge da fusão de instrumentos tradicionais do Tango, como o bandoneón, com computadores e samplers, seja em temas remixados, em composições totalmente novas ou utilizando fragmentos de canções clássicas do Tango. A grande pergunta é: "Trata-sede um subgênero do tango ou da música eletrônica?". A resposta depende de cada grupo. Enquanto Bajofondo e Gotan Project definem seu trabalho como música eletrônica, Miguel Di Génova, do Otros Aires, assegura que sua proposta é "90 por cento tango e o resto eletrônico".

O Otros Aires, que em suas apresentações ao vivo utiliza a videoarte, tem uma formação eclética, com gente que vem do tango, mas também com músicos que transitam pelo pop, ritmos latinos, rock e até o punk. Nas discotecas, o tango eletrônico costuma tocar no "After Hours", mas a proposta musical também tem chegado às "milongas", como são chamados os salões para bailar tango, onde, inclusive, está gerando novas formas da dança. Apesar de ter conquistado espaço próprio no VII Festival de Tango a ser realizado nos próximos dias em Buenos Aires, o Tango Fusion também coleciona críticas. Mais conciliador, o presidente do Ateneo Porteño del Tango, Segismundo Holzman, diz que "enquanto não se perder a essência do tango, tem que se respeitar o subgênero, que pode chegar a ser uma variante do tango como uma vez foi Piazzolla.

Fonte: Agência EFE

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